A obra mostra a umbanda como um culto religioso tipicamente urbano, genuinamente brasileiro e que atinge, principalmente, as camadas médias sociais, possibilitando respostas rápidas às suas necessidades, seja no acolhimento, seja no trabalho do ritual através das entidades e de seus cavalos.
Benedicto Victoriano mostra que o terreiro se constitui não só em um lugar sagrado de manifestações das entidades umbandistas, mas também se assemelha a um teatro, onde os atores apresentam o drama das entidades e re-significam o drama individual dos consulentes.
O autor verifica ainda que o jogo de poder e sua distribuição entre todas as figuras que fazem parte do terreiro, um "capital religioso", não é tão consensual. Redunda, não poucas vezes, na abertura de outras casas.