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O Livreiro de Cabul

Asne Seierstad
R$ 74,90
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Por mais de vinte anos, Sultan Khan enfrentou as autoridades, tanto comunistas quanto do Talibã, para prover livros aos moradores de Cabul. Ele foi preso, interrogado e encarcerado; e assistiu os soldados talibãs queimarem pilhas e pilhas de livros nas ruas. Ainda assim, persistiu em sua paixão pelos livros. Chegou a esconder milhares de exemplares em sótãos pela cidade, alimentando o sonho de ver seu acervo de 10 mil volumes sobre história e literatura afegã transformarem-se no núcleo de uma nova Biblioteca Nacional, semeando alguma luz em um dos lugares mais sombrios do mundo. Campeão nas listas de mais vendidos do The New York Times, O livreiro de Cabul foi considerado pela crítica um dos melhores livros de reportagem sobre a vida afegã depois da queda do Talibã. Depois de viver três meses em Cabul, com o livreiro Sultan Khan, a jornalista norueguesa Åsne Seierstad compôs este retrato das contradições extremas e da riqueza desse país. Um relato emocionante do cotidiano de uma família islâmica e das dificuldades deste povo para obter conhecimento e se comunicar. Um retrato íntimo de um homem, seus princípios e sua família — duas esposas, cinco filhos, e muitos parentes dividindo um pequeno apartamento de quatro cômodos em uma cidade devastada, recuperando-se da guerra e de trágicos refluxos políticos. Enquanto enfrentam os desafios e tensões diárias, os integrantes da família tentam também viver uma certa normalidade por meio do trabalho, de um dia de compras, cozinhando em um momento e se divertindo no outro, casando e dividindo alegrias. Como ocidental, ela teve o privilégio de transitar entre os mundos de mulheres e homens. Escondida atrás da burca, testemunhou relatos das rixas do clã; da exploração sexual das jovens viúvas que esperavam rações de alimentos das organizações de ajuda internacional; de uma adúltera sufocada com um travesseiro por seus três irmãos sob as ordens da mãe; do exílio no Paquistão da primeira esposa de Sultan Khan depois do novo casamento com uma moça de 16 anos; do filho adolescente do livreiro obrigado a trabalhar 12 horas por dia sem chance de estudar. As mulheres, em especial, são protagonistas de relatos impressionantes. Mesmo após a queda do Talibã, submetem-se a casamentos arranjados, maridos poligâmicos e a limitações para viajar, estudar e se comunicar com os outros. Estas e muitas outras histórias chocantes aos nossos olhos ocidentais compõem essa narrativa ímpar, mostrando aspectos do país que poucos estrangeiros t