"A intolerância contra manifestações artísticas tem no episódio do apagamento da obra de Alfredo Volpi na primeira igreja de Brasília uma referência marcante na história da arte brasileira.
Em 1962, os fiéis que chegaram para a missa de domingo encontraram as paredes da capela lixadas e cobertas por cal. Desapareciam ali os afrescos concebidos quatro anos antes por Volpi, o artista que ousou transgredir os cânones da Igreja Católica.
Jornalista e historiadora da arte, a autora Graça Ramos desvenda a complexa teia de interesses que levou à decisão de apagar as imagens envolvidas no azul característico do pintor. A edição traz uma rica coleção de imagens históricas que iluminam um recorte pouco conhecido da obra de Volpi.
Ao conhecer os detalhes desses acontecimentos, os leitores podem encontrar não apenas um episódio obscurantista, mas também uma narrativa estimulante que convida à reflexão sobre o valor da arte e sua importância na construção da identidade do próprio país.
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