LivrosFicçãoPoesiaToda Mulher Que Ama É Medeia

Toda Mulher Que Ama É Medeia

Patrícia Porto
R$ 56,00
Quantidade
De lugar de onde se vê, Patrícia Porto nos conduz ao lugar de onde se lê em sua linguagem, sua escrita - o mito de Medeia. Tal no cinema Pier Paolo Passolini (1969) e Lars Von Trier (1988) também o fizeram. Adaptações, releituras de narrativas memoráveis que representam sentimentos, um jeito de contar sobre o espírito de um tempo. De todos os tempos. Suas contradições, os horrores e o belo à luz da memória ancestral - estes escombros das sombras das quais por inúmeros desejos humanos tão selváticos e cobiçosos - somos paulatinamente constructos. A ontologia mesmo em que nós mulheres parimos e fomos paridas, simbolicamente. Enumera-nos Patrícia: Medusa, Antígona, Penélope, Ofélia… “para que o mito renasça” além fronteiras, leitores, lembremos de nossas rainhas, decolonizando e interseccionalizando, pois ainda invisibilizadas pela História. Eternas, infinitas, inextinguíveis - faces da mesma lâmina - tal a rainha do Oriente, a destemida das guerreiras, Patrícia Porto - a poeta rapsodo dá voz ao mito, em seus inúmeros poemas, para realizar verdadeira cartase. Teatro e Literatura por onde “crio argila humus e lodo” e relembra em Poesia para pagãs e pagus, “somos legião a fenda e o abismo”. Neste território poético há O jardim onde “o sol reaparece para que o adulto desperte e a criança possa continuar sonhando”. E sob a égide da língua e de uma linguagem feita de experiências e devir que nos conduz sem abstrair nada, neste percurso mito filosófico, sim, pois permeado de interrogatório – para nos fazer “pensar nos tempos do fim”. Certeza, leitores, será uma experiência numinosa, e não menos reflexiva! Silvia Schmidt poeta, prosadora e crítica.