Novo e aguardado romance da autora de Tudo pode ser roubado e Suíte tóquio, Batida só fala sobre fé, amizade, e sobre as coisas importantes quando um diagnóstico muda a forma como nos enxergamos e a forma como enxergamos a nossa relação com os outros.
Aguardado romance da autora de Suíte Tóquio, recomendado pelo NEW YORK TIMES.
Ao caminhar de volta para casa após um dia de trabalho, uma jornalista é atacada por dois estranhos na rua. Seu corpo reage de imediato, e ela cai e perde a consciência, afugentando os agressores. Quando desperta no hospital, o diagnóstico é óbvio: ela possui uma arritmia grave e de tratamento incerto. Após um calvário de médicos e exames, descobre que precisa a todo custo evitar emoções fortes, sob risco de morte. Morando em uma cidade grande e estressante e com a vida atribulada da profissão, parece uma tarefa impossível.
A necessidade de paz a leva de volta à provinciana Moenda, cidade onde ela passou a infância. A casa dos avós, agora desocupada, servirá de abrigo nesta nova fase da vida, enquanto ela se entorpece de antidepressivos para sentir menos e não estimular o coração. O plano, no entanto, começa a ser posto em prova após a visita de Nico, um garoto cheio de curiosidade que aparece para deixar um oratório com a nova moradora da casa. Aos poucos, ela descobre que Nico é o filho de Sara, sua amiga de infância que, ao contrário dela, havia ficado em Moenda. O garoto, ela descobre mais tarde, também possui uma doença de prognóstico difícil.
A amiga não poderia ter tomado um rumo mais diferente. Dona de uma autoescola e muito religiosa, a um só tempo católica e evangélica — na modalidade “flex” —, segundo a própria, Sara confronta o ateísmo da protagonista e mexe com seus nervos, justo no momento em que ela menos quer isso. Mesmo assim, conforme as relações entre elas se estreitam, os três partem numa viagem em busca da cura, seja lá o que isso signifique para cada um deles.
Nesta aguardada volta ao romance, Giovana Madalosso tece uma trama sobre as emoções, sobre doença e fé, vida e morte, sobre as ligações que fazemos com os outros e sobre diferenciar aquilo que verdadeiramente importa do que não temos escapatória.