Mentir é fácil, principalmente se for comparada com outras formas de ganhar poder, de levar vantagem. A mentira tem servido ao longo da vida, como uma necessidade, um atributo para em determinadas circunstâncias, proteger o ser humano.
Mentir para um grande número de pessoas, é um ato cultural, uma necessidade social utilizada para não ferir os sentimentos de outras pessoas. Mentir é um processo psicológico instintivo de preservação social.
Um mundo sem mentiras é utopia. Omitir informações verdadeiras é diferente de valorizar e transmitir informações falsas como se fossem verdadeiras, manipulando e dissimulando particularidades.
Neste livro procurou-se mostrar sérios problemas no estudo do comportamento cognitivo na utilização da mentira, ainda que seja a mentira atávica, ninguém a aceita, mas todo o mundo convive com ela.
“Fake News – Em tempos de mentira, falar a verdade é um ato revolucionário”, urge se compreender as complexidades envolvidas na disseminação de infor-mações falsas e seu impacto na sociedade moderna.
Portanto neste livro, procurou-se descrever o comportamento sociológico da mentira. Um fenômeno global que vem transformando radicalmente a comunicação nas redes sociais a todos os níveis.
No Brasil, não é diferente, aqui ninguém está isento ao perigo de falsas crenças, porém aqui convivemos politicamente com outro problema, a judicialização e a politização da informação, a banalização da mentira, do comportamento, importân-cia e o signi?cado da democracia.
A mentira é qualquer forma de comportamento que forneça informações falsas ou prive alguém das verdadeiras. Mentir pode ser um ato consciente ou inconsciente, verbal ou não verbal, declarado ou não declarado. Segundo Rui Barbosa a mentira é multípara. Os seus germens, uma vez postos em contato com o meio favorável, multiplicam-se aos milhões, como esses micróbios invisíveis que nos envenenam a água e o ar, o pão e o sangue.